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Vender a escola: como transformar patrimônio concentrado em segurança e diversificação

  • Foto do escritor: Sergio Andrade
    Sergio Andrade
  • 24 de set.
  • 2 min de leitura

Fundar e administrar uma escola é, para muitos empreendedores da educação, a obra de uma vida inteira. O negócio costuma representar não apenas a principal fonte de renda, mas também a maior parte do patrimônio acumulado ao longo dos anos. Essa concentração, porém, traz riscos: qualquer mudança no mercado, regulação ou dinâmica competitiva pode impactar diretamente a segurança financeira da família.

Por isso, cada vez mais fundadores avaliam a possibilidade de vender parte ou até 100% da escola, transformando esse capital em uma carteira de ativos mais diversificada e resiliente.

1. Por que considerar a venda parcial ou total?

  • Liquidez imediata: ao vender, o fundador transforma um patrimônio ilíquido em recursos financeiros disponíveis para novos projetos, investimentos ou planejamento familiar.

  • Redução de risco: a escola deixa de ser o único pilar patrimonial, diminuindo a exposição a crises específicas do setor.

  • Sucessão planejada: a venda facilita a organização do patrimônio entre herdeiros, sem depender da continuidade obrigatória no negócio.

  • Valorização do legado: seja em uma venda parcial ou total, o ingresso de investidores ou redes educacionais ajuda a profissionalizar a gestão e assegurar que a escola continue sua trajetória.

2. Vender 100% ou manter uma participação?

  • Venda total: faz sentido quando o fundador deseja desvincular-se da gestão e garantir liquidez plena. É especialmente vantajoso para quem pretende diversificar patrimônio e reduzir totalmente o risco concentrado.

  • Venda parcial: permite que o fundador continue na operação, usufrua de ganhos futuros e ainda assim converta parte relevante em liquidez. É um meio-termo entre segurança e continuidade.

3. Como diversificar o patrimônio após a venda

Um dos maiores benefícios da venda é a possibilidade de estruturar uma carteira conservadora e equilibrada. Um exemplo de alocação, que pode variar conforme perfil de risco e objetivos, seria:

  • 30% em renda fixa (títulos públicos e CDBs): garante estabilidade e previsibilidade.

  • 25% em imóveis (fundos imobiliários ou propriedades para renda): gera fluxo recorrente e protege contra inflação.

  • 20% em ações ou fundos de empresas sólidas: exposição ao crescimento econômico de longo prazo.

  • 15% em participações privadas (private equity, startups, outros negócios): diversificação com potencial de retorno acima da média.

  • 10% em ativos internacionais (ETFs, fundos globais, dólar): reduz risco atrelado ao Brasil.

Essa distribuição equilibra liquidez, proteção patrimonial e crescimento de longo prazo, evitando a dependência exclusiva de um único ativo.

4. O benefício intangível: tranquilidade

Mais do que ganhos financeiros, a diversificação traz tranquilidade emocional. O fundador deixa de depender de um único negócio para sustentar o patrimônio e passa a ter uma carteira que se adapta a diferentes cenários econômicos. Isso garante segurança para a família e liberdade para novos projetos de vida.

Conclusão

Seja pela venda parcial ou pela venda total, a decisão de monetizar a escola é uma forma de transformar patrimônio concentrado em patrimônio sólido e diversificado. O fundador protege sua história, preserva o legado educacional e garante uma base financeira mais segura para as próximas gerações.

Em um mercado em consolidação, escolher o momento certo de vender pode ser o passo mais estratégico não apenas para a escola, mas para o futuro do fundador e de sua família.

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