O que é EBITDA e como ele influencia o processo de venda de uma escola
- Sergio Andrade
- 25 de ago.
- 2 min de leitura

Quando se fala na compra ou venda de uma escola, um dos indicadores financeiros mais relevantes é o EBITDA. Esse termo, bastante utilizado no mercado de fusões e aquisições, ajuda a medir a real capacidade de geração de caixa de uma instituição. Entender como ele funciona e qual a sua relação com lucro e fluxo de caixa é essencial para gestores, investidores e mantenedores do setor educacional.
O que é EBITDA
EBITDA é a sigla em inglês para Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization, que em português significa “Lucros antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização”. Na prática, esse indicador mostra quanto a escola gera de resultado operacional antes de levar em consideração despesas financeiras e efeitos contábeis que não representam saída efetiva de dinheiro no curto prazo.
Por isso, ele é amplamente usado para comparar a performance de escolas ou grupos educacionais, independentemente de suas estruturas de financiamento ou políticas contábeis.
Diferença entre lucro e fluxo de caixa
Um erro comum é confundir lucro contábil com fluxo de caixa.
- Lucro: é o resultado apurado pela contabilidade após considerar todas as receitas, custos, despesas, impostos, juros, depreciações e amortizações. Ele segue regras contábeis e pode, muitas vezes, não refletir a realidade financeira da operação. 
- Fluxo de caixa: é a movimentação real de entradas e saídas de dinheiro da escola. Ele mostra se a instituição tem recursos suficientes para pagar salários, fornecedores, impostos e, ao mesmo tempo, investir em melhorias. 
O EBITDA se aproxima mais do fluxo de caixa porque elimina efeitos não recorrentes ou que não envolvem saída de dinheiro no curto prazo, como a depreciação de equipamentos ou os juros de dívidas de longo prazo. Por isso, é considerado um proxy de fluxo de caixa operacional.
Por que o fluxo de caixa é tão importante em uma venda
No processo de venda de uma escola, o que realmente interessa ao comprador é a capacidade do negócio de gerar caixa no futuro. O lucro pode ser um indicativo, mas quem determina a viabilidade do investimento é o fluxo de caixa projetado.
Isso acontece porque o comprador quer saber em quanto tempo o investimento feito será recuperado. Aqui entra o conceito de payback, que nada mais é do que o prazo necessário para que o caixa gerado pela escola compense o valor investido na aquisição.
Exemplo prático
Imagine que um grupo educacional compre uma escola por R$ 20 milhões. Se a instituição gera R$ 5 milhões por ano de EBITDA, o payback simples seria de aproximadamente quatro anos. Naturalmente, análises mais sofisticadas incluem riscos, crescimento esperado e custo de capital, mas o raciocínio básico é esse: quanto mais previsível e robusto for o fluxo de caixa, menor será o risco e mais atrativo se torna o investimento.
Conclusão
O EBITDA é uma ferramenta indispensável para avaliar o valor de uma escola em processos de compra e venda. Ele ajuda a enxergar além do lucro contábil, oferecendo uma visão clara sobre a geração de caixa da operação. E como o fluxo de caixa é o principal critério para calcular o payback, entender esse indicador é essencial para quem deseja vender ou adquirir uma instituição de ensino de forma segura e estratégica.
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